
Acabei de chegar de um evento que inquietou bastante minha 'curtição' musico-psiquica. O festival cubano aqui em Recife...
Como amante da música, sempre trilho paralelos politico-culturais dentro da música, porque a música é consequencia (às vezes causa) de tudo que diz respeito a identidade regional de um povo. A música é uma janela de percepções e opiniões. É uma harmoniosa forma de descobrir...
Enfim, muito interessante trilhar em minha mente político-musical um festival cubano.
Em seu ponto alto, misturou jazz com suingue... improvisou um frevo marcante (marca o novo momento de cuba - "novo-socialismo?").
A concepção do evento foi o intercambio. Palavra nova na identidade musico-sociocultural de Cuba.
Por um lado é muito interessante perceber uma 'cultura nata' (diante de tantos embargos), por outro lado acredito que a antropofagia é o caminho para a perpetuação.
Entretanto, deixando a política de lado (impossível?!), é irado perceber tantas vertentes em comum. Por muitas vezes percebi 'capoeira', 'samba' e até 'maracatu' dentro da música 'latina' de Cuba. As raizes negras são tão forte e incruadas que arrepiam. Provavelmente são reflexo de uma história de opressão e 'desgloria' da raça.
Talvez instintivamente 'o negro' viu na cultura uma grande arma de auto-afirmação diante de tanta opressão. Estas manifestações, além de aulas de sociologia propiciam uma coerente reflexão... Jazz, Blues, Samba... só pra começar, são exemplos que ao invés de julgar, deve-se estudar! O meu estudo é diário... Sou amante da música e como diria meu chará 04 "Em terra de urubús diplomados, não se ouve o canto do sabiás...".
Como gosto de terminar com música, segue uma grata surpresa de uma de minhas pesquisas musicais. Antropofagia!!!