Engraçado como nossa mente divagante vai nos levando a
lugares e trazendo à tona referências de todos os lados. O pensar não tem
partida nem chegada, é como um novelo de lã que nos leva por diversos fios.
Por vezes chego a lugares que, de tão loucos preciso voltar e entender o percurso.
Acho que a busca da consciência individual pressupõe
embarcar em uma viagem sem volta com o único propósito... Verticalização.
Em minha mente, eventualmente caótica, simplificava o
propósito de minha viagem nesse plano em duas palavras: Amar e ser feliz. Kkkkkkkkkkk
Não tem como simplificar a vida assim... Tem coisas que não
dá pra resumir em palavras, assim como um novelo de pensamento, viver é um
novelo de sensações e experiências que de tão dinâmicas e pessoais não podem
ser meramente niveladas, como uma receita ordinária do que fazer, passo a
passo.
Então, tá; temos outros fios: intuição, percurso, sentidos,
aprendizado... Somos um quadro inacabado até o último suspiro.
Esse propósito tão literal passou a não me caber, era
necessário entrar no campo dos sentidos.
Porém, para entrar nesse campo foi preciso esticar o fio de
minha consciência humana. Questionar verdades e certezas, me olhar no espelho
profundamente. Isso não tem sido tarefa fácil.
Mas tenho ido bem, hoje defino meu propósito de viver em
estar cada vez mais no meu lugar.
As vezes vem um sentimento de calma, um estio na tempestade,
um canto dos pássaros entre tanto grito, um sorriso acolhedor ou um abraço
cósmico.
Meu propósito de viver é ter sucesso. Sucesso é estar no
terreno mais fértil para nosso crescimento humano. Em total equilíbrio com
todos os seres que me rodeiam.
Esse é o fio que busco no novelo de minha existência. Sem
medo de encontrar nós e com coragem para desatá-los.
Estou em um momento dos mais especiais e felizes que já
experenciei. Já vivi outros, mas nunca tão consciente. Eu acho que a beleza
estava diante dos meus olhos há tempos, contudo ela só se torna real com a
consciência.
Essa consciência, ferramenta que torna tudo real, também me
leva a lugares incômodos. Encarar meus defeitos é um deles.
Considerando que estou em constante construção, o processo de
tomar consciência me conduz sempre a desafios importantes para minha construção.
Não é possível desvencilhar meu propósito de viver da angústia e ansiedade desses
nós.
Estou eu, em um dos anos mais incríveis que vivi, observando
as próximas amarras que preciso desenrolar para seguir o fio de meu viver.
O nó que me ocorre agora é perceber que estou sozinho nesse
percurso.
Tudo que tenho vivido, isso inclui todos os sentidos,
construções, contemplações, trocas pertencem a mim. Naturalmente quero trazer
pessoas para minhas observações e vivências. Mas é um engano esperar que as pessoas,
mesmo as mais próximas, percebam o mundo a partir de meus olhos.
Não é a aceitação, entendimento ou compreensão de ninguém
que torna toda essa felicidade real. Não preciso disso.
Espero sim que, em meu exercício de consciência e
desenvolvimento, eu possa repercutir nas pessoas, especialmente as quem eu amo,
mas respeitando o novelo de cada um.
E isso é o próximo emaranhado a desenrolar.
É muito louco que um momento de êxtase e alegria desnude um
nó que para desatá-lo precise lidar com angústia, medo e incertezas. Mas é isso
que torna tudo real.
Meu propósito é estar com meu novelo.
Na fluidez das recompensas que o universo me presenteia vou
encontrando e desatando os nós necessários à minha construção humana. Amar e
ser feliz é na verdade uma valiosa ferramenta pra algo maior...
O fio de meus pensamentos divagantes me levou ao princípio
do Peter Parker:
"Com grandes poderes vêm grandes
responsabilidades"
Hora de guardar o novelo. kkkkkkkkkkk
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