quinta-feira, 29 de maio de 2025

A Chave de uma porta desconhecida

 

 

Estava aqui pensando que sempre escrevo a partir das resoluções de meus pensamentos. Não costumo escrever o percurso de minhas inquietações, só sentia vontade de escrever quando elas lampejam a luz ou a ideia de onde as guardar nas gavetas de mim.

 

Dessa vez, não pela vontade, mas por alguma coisa que pretendo decifrar na escrita.

Uma escrita terapêutica talvez. Ou somente uma escrita pra lembrar-me de que nem tudo são flores...

 

Hoje me sinto confuso, talvez a perturbação seja uma instabilidade não didática, aquela escuridão onde não vemos saída e nem temos a chave. Eu ainda não vejo a saída, mas a chave tenho dentro de mim.

Vi uma poesia onde a sensibilidade foi descrita como uma capacidade de transbordar, mas pressupõe uma solidão, um “fardo”, achei interessante pois nas relações a sensibilidade nos provoca empatia para lidar com a razão, mas a racionalidade não ensina a lidar com o sentimento. Talvez seja aí que mora o fardo.

Outrora estive confuso em pensar o que era real dentro de mim, acho que já abri essa porta, embora sinta recaída as vezes por algumas armadilhas como ego e aprovação... É, talvez não superei, mas estou consolidando, dentre outras, essa porta.

Didaticamente a primeira lição de onde quero estar foi saber onde não quero.

A segunda lição demorei a saber qual era, estava escondida atrás das portas de meus medos... Apesar de ter a chave, as vezes falta coragem para abrir algumas portas.

Depois de muito pelejar, fui desbravando meus medos, resolvi alguns, outros estou resolvendo.

Os medos dizem muito sobre nós, são como fios em novelos que nos leva ao entendimento dos porquês. Aqueles traços de nós que incomodam e queremos mudar têm uma ponta começando em alguma porta de nossos medos, inseguranças.

Meus medos foram ótimos pontos de partida para me conhecer e na luta contra meus medos fui encontrando ferramentas. Inicialmente minhas virtudes, minha fé, meus sentidos... foi nesse caminho que cheguei na ferramenta que me tornou simpático a meus medos. A chave do PROPÒSITO! Não sei bem se é "simpático" o melhor adjetivo ao medo após a chave do próposito...

 Encarei-me no espelho de mim ao olhar meu propósito com medo em meus olhos.

 

Morte me assusta menos do que viver uma vida incompleta. Quero tudo daqui, deste plano...

Sou faminto pela vida, temo mais a vida não vivida do que a morte

 

Pisar no chão de meu proposito com passos de sensibilidade é o jardim de Deus em mim.

Perceber as sutilezas, senti-las, me provoca todo dia a me livrar de pesos desnecessários, tudo que me atrasa deve ser deixado, levo só o que mata minha sede de viver e fome de amar.

Ao lado do fardo, a intuição...

A perturbação vem dessa nova ferramenta que ainda preciso treinar seu uso. Intuição!

 

Tento acalentar minha mente, tudo tem seu tempo, as vezes penso querer andar mais rápido do que posso, talvez essa pressa venha da certeza da morte. Mas ainda não sei bem sobre isso... Sei que um dia estarei diante dessa porta.

Tenho a impressão de que morte e medo são ferramentas. Perturbadoras, mas são.

Vou deixar a ementa de minhas portas com objetivo de continuá-las:

 

1ª Porta – Espelho

2ª Porta – Propósito

3ª Porta – Medo

4ª Porta – ...

5ª, 6ª, 7ª, 8ª...

Ultima porta:



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