Raul consegue através do cotidiano, associar pensamentos que proporcionam uma realidade. Realidade pessoal, na contra-mão dos padrões.
“...Dois problemas se misturam
A verdade do Universo
A prestação que vai vencer...”
(Eu Também Vou Reclamar)
http://letras.terra.com.br/raul-seixas/48311/
As pérolas de Raul também estimulam à reflexão e questionamentos sobre postura, sem as quais as pessoas passam a ser inerentes a tudo, agem sem pensar, massa de manobra.
O conformismo disseminado em colonias de exploração através de um estado neo-liberal.
“...Os estrangeiros, eu sei que eles vão gostar
Tem o Atlântico, tem vista pro mar
A Amazônia é o jardim do quintal
E o dólar deles paga o nosso mingau...”
(Aluga-se)
http://letras.terra.com.br/raul-seixas/48296/
Além de questionamentos políticos existem os sociais e subjetivos com os quais me identifico bastante. Talvez “identificar” não fosse a melhor palavra, “identificar” é muito racional pra caracterizar a subjetividade.
O meu egoismo, é tão egoísta,
que o auge do meu egoismo é querer ajudar.
Mas Não sei por que nasci
pra querer ajudar a querer consertar
O que não pode ser...
(Carpinteiro do Universo)
http://letras.terra.com.br/raul-seixas/68662/
… E no final, carpinteiro... de mim. Eu escutei essa música através de minha mãe... Não só no sentido literal.
E pra finalizar, a que melhor representa os diversos elementos que admiro em Raul.
Espero que toda motivação se materialize, sensibilizando e revoltando ao mesmo tempo.
Ps.: Aqui o link da lista de músicas criada pelo brother Rafael:
Um abraço
Ênio
Um comentário:
Fala cumpadi!! Massa o "brog"... inesquecível Raul, inesquecíveis histórias...
Como prometido, mando no teu último post, o último post meu (já faz um ano isso) Um xero!
E se sou... Sou o que?
Sou vida que não quero ter
Lascívia falsa do meu corpo doente
Que não mais pretende ser coisa nenhuma
Cercado de pessoas, a boca cala
Nu, não preciso de fala
E assim vou marchando
Vestida ela me olha e me pergunta quem sou
Nua ela me ver. Ver tudo.
Com meu olhar de maníaco
E os dedos entre tuas pernas
Mostro minha alma
Salivo querendo sentir o gosto doce dos seus baixos lábios
E desço
Seus peitos caem em minhas mãos
Meu lar é entre suas pernas
E lá sou quem sempre quis ser
Minha íris é da cor do teu desejo
Com ele eu cresço
E me desfaleço em gozo
Inundo teu corpo com o sêmen de minha alma
Rasgo tuas costas para comer tua carne
O gosto amargo de sangue vem a minha boca
E gozo novamente
Estás morta em meus braços como em minhas visões
És a realização de um sonho insano.
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