sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Raul Seixas

Imagine quantas conversas informais no campo da filosofia, antropologia, social, político, espiritual já foram motivadas pelos seus versos. Aquele papo boêmio no qual surgem idéias geniais entre outras ridículas, engraçadas, sobretudo, cotidianas.

Raul consegue através do cotidiano, associar pensamentos que proporcionam uma realidade. Realidade pessoal, na contra-mão dos padrões.


“...Dois problemas se misturam
A verdade do Universo
A prestação que vai vencer...”
(Eu Também Vou Reclamar)
http://letras.terra.com.br/raul-seixas/48311/




As pérolas de Raul também estimulam à reflexão e questionamentos sobre postura, sem as quais as pessoas passam a ser inerentes a tudo, agem sem pensar, massa de manobra.

O conformismo disseminado em colonias de exploração através de um estado neo-liberal.


“...Os estrangeiros, eu sei que eles vão gostar
Tem o Atlântico, tem vista pro mar
A Amazônia é o jardim do quintal
E o dólar deles paga o nosso mingau...”
(Aluga-se)
http://letras.terra.com.br/raul-seixas/48296/



Além de questionamentos políticos existem os sociais e subjetivos com os quais me identifico bastante. Talvez “identificar” não fosse a melhor palavra, “identificar” é muito racional pra caracterizar a subjetividade.


O meu egoismo, é tão egoísta,
que o auge do meu egoismo é querer ajudar.
Mas Não sei por que nasci
pra querer ajudar a querer consertar
O que não pode ser...
(Carpinteiro do Universo)
http://letras.terra.com.br/raul-seixas/68662/

… E no final, carpinteiro... de mim. Eu escutei essa música através de minha mãe... Não só no sentido literal.



E pra finalizar, a que melhor representa os diversos elementos que admiro em Raul.

Espero que toda motivação se materialize, sensibilizando e revoltando ao mesmo tempo.






Ps.: Aqui o link da lista de músicas criada pelo brother Rafael:


Um abraço
Ênio

Um comentário:

Anônimo disse...

Fala cumpadi!! Massa o "brog"... inesquecível Raul, inesquecíveis histórias...

Como prometido, mando no teu último post, o último post meu (já faz um ano isso) Um xero!

E se sou... Sou o que?
Sou vida que não quero ter

Lascívia falsa do meu corpo doente

Que não mais pretende ser coisa nenhuma

Cercado de pessoas, a boca cala

Nu, não preciso de fala

E assim vou marchando

Vestida ela me olha e me pergunta quem sou

Nua ela me ver. Ver tudo.

Com meu olhar de maníaco

E os dedos entre tuas pernas

Mostro minha alma

Salivo querendo sentir o gosto doce dos seus baixos lábios

E desço

Seus peitos caem em minhas mãos

Meu lar é entre suas pernas

E lá sou quem sempre quis ser

Minha íris é da cor do teu desejo

Com ele eu cresço

E me desfaleço em gozo

Inundo teu corpo com o sêmen de minha alma

Rasgo tuas costas para comer tua carne

O gosto amargo de sangue vem a minha boca

E gozo novamente

Estás morta em meus braços como em minhas visões

És a realização de um sonho insano.